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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Asics é anunciada como nova parceira da CBHb


O primeiro dia da Assembleia Geral Ordinária 2012 da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), nesta sexta-feira (24), em Aracaju (SE), foi marcado por uma novidade. O presidente da entidade, Manoel Luiz Oliveira, anunciou a Asics como nova marca esportiva oficial da modalidade. Inicialmente, a parceria vai até 2016, mas pode ser estendida. A empresa é uma das maiores do mundo no setor de artigos esportivos e, agora, fornecerá os uniformes para as seleções masculina e feminina, de todas as categorias.

Manoel Luiz Oliveira destacou a importância da chegada da Asics. "Sem dúvida, vem para trazer apoio, experiência e ajudar a desenvolver ainda mais o handebol no nosso País. É uma das melhores marcas do mundo e, agora, passa a ser a marca da modalidade no Brasil." O presidente da CBHb também posicionou a Penalty, antiga fornecedora, neste novo cenário. "Ela passa, apenas, a fornecer bolas. Queremos aumentar o número de bolas disponíveis para ajudar nossas federações nas competições nacionais", completou Manoel.

Gerente esportivo da Asics, João Alberto Zappoli falou sobre os objetivos e expectativas da Asics. "Vamos promover ações comerciais para os filiados da Confederação, como a fabricação de produtos oficiais. Queremos ganhar o respeito do handebol com um trabalho que fique marcado. Será uma via de mão dupla entre a marca e a Confederação, com benefícios para os dois lados", comentou. "Nós nos surpreendemos com a potência econômica da modalidade no Brasil. Já trabalhamos com o handebol há alguns anos e foi o esporte que mais cresceu em venda na Asics", finalizou.

Outro momento que marcou o primeiro dia da Assembleia em Aracaju foi a apresentação do novo diretor de marketing da CBHb, Celso Gabriel, e de três presidentes de federações recém-empossados: Cláudio Humberto Dias, de Minas Gerais; Alexandre Siqueira, de Sergipe, e Fúlvio Saulo de Sousa, do Rio Grande do Norte. Os outros 24 presidentes estiverem presentes, ao lado de integrantes da diretoria da CBHb e do gerente geral de Alto Rendimento de Handebol do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Jorge Machado Ajuz.

Durante o encontro, Manoel Luiz Oliveira também destacou algumas conquistas do ano de 2011. "Fizemos a melhor preparação da história da modalidade no País, o que foi fundamental na hora de disputarmos as competições. Também vale lembrar que tivemos muitas alegrias com a Seleção Feminina, que conquistou o ouro e a vaga olímpica para Londres no Pan de Guadalajara, além do inédito quinto lugar no Campeonato Mundial, disputado em São Paulo."

A Assembleia terá sequência neste sábado (25) com outros temas abordados, entre eles o planejamento das Seleções Olímpicas para os Jogos de Londres-2012 e do Brasil-2016 com o técnico da equipe feminina, Morten Soubak, e o diretor de seleções da CBHb, Vitor Martinez. Também haverá debates sobre o planejamento da arbitragem para o próximo ciclo olímpico com o diretor de árbitros da CBHb, Salvio Sedrez.

CBHb anuncia criação de centros de treinamento


Um projeto que promete mudar a cara do handebol brasileiro foi tratado no segundo e último dia da Assembleia Geral Ordinária 2012, neste sábado (25), em Aracaju (SE). O presidente da Confederação Brasileira (CBHb), Manoel Luiz Oliveira, apresentou aos 27 presidentes das federações estaduais a ideia dos Centros Regionais de Desenvolvimento. Serão seis núcleos pelo Brasil. Os estados que disponibilizarem a estrutura necessária poderão candidatar uma cidade até 16 de março para receber uma unidade. O projeto está sendo desenvolvido com objetivos a longo prazo: as Olimpíadas de 2016 e 2020.

Para abrigar um dos centros, as candidatas precisam oferecer a seguinte estrutura: um ginásio nas medidas oficiais e com piso flutuante, atendimento médico, fisioterápico e odontológico, alojamento, alimentação, água, gelo, transporte interno, segurança e sala de reunião. Após a escolha das cidades, as unidades devem começar a ser organizadas entre abril e maio.

Cada região do País terá um centro. Por isso, a CBHb dividiu o território nacional em seis grandes grupos, que ficaram assim:

Grupo 1: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul
Grupo 2: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo
Grupo 3: Distrito Federal, Goiás, Tocantins e Mato Grosso
Grupo 4: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba
Grupo 5: Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Pará e Maranhão
Grupo 6: Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia e Roraima

O projeto prevê a realização de, no mínimo, cinco fases de treinamento por ano, cada uma com duração de oito a dez dias. Os treinos reunirão jogadores entre 16 e 21 anos e serão seletivos. A primeira etapa relacionará de 28 a 42 atletas, tanto no masculino como no feminino. Na segunda, o número diminuirá para 21 e, finalmente, para 16 em cada centro, totalizando 96. Esse grupo final participará de um acampamento nacional ao lado de quatro dirigentes e com a participação dos técnicos das seleções olímpicas.

Na fase final, as seleções desses centros jogarão entre si com o objetivo de formar a Seleção Brasileira B, que terá 28 nomes. A equipe nacional será integrada por 28 nomes, tanto no masculino como no feminino, que, junto aos remanescentes das seleções atuais, disputarão as competições adultas. "Com esse projeto, vamos realizar um sonho e contribuir para revelar talentos e proporcionar o maior nível de desenvolvimento do handebol em nossa história. Todos os estados serão beneficiados com a chance de ter atletas e dirigentes na Seleção", destacou Manoel Luiz Oliveira.

O presidente da CBHb também ressaltou a importância de unificar a linguagem do handebol no Brasil. "A modalidade está passando por um ótimo momento e queremos aproveitar para iniciar novos caminhos e padronizar o trabalho no País. O sistema seguido será o dos técnicos das Seleções Olímpicas. Eles acompanharão o projeto de perto, inclusive indo aos centros e ao acampamento nacional."

A Assembleia Geral Ordinária também tratou de outros temas, como a Escola Nacional de Treinadores. O curso teve seu primeiro módulo realizado em 2011 na Praia Grande, em São Paulo, e, neste ano, terá continuidade, novamente com profissionais de ponta, inclusive do exterior. Também foi discutido o planejamento para as seleções nacionais de base e adultas para as Olimpíadas de Londres-2012 e do Brasil-2016, em especial a Seleção Olímpica Feminina, com a presença do técnico Morten Soubak.

O treinador destacou que o objetivo é dar sequência ao trabalho desde já, de olho, primeiramente, na inédita medalha olímpica em Londres. "De abril a dezembro, ficamos 79 dias juntos, entre treinos e jogos, o que é muito bom. Esse é o sistema utilizado em todo o mundo e é o que vamos continuar fazendo", comentou. "As Olimpíadas deste ano serão pedreira, com partidas muitos equilibradas, mas mostramos que somos capazes, ao ficarmos entre os melhores do mundo. Estamos muito motivados e vamos fazer o nosso melhor para realizar esse sonho", completou Morten, que conquistou com as meninas ótimos resultados em 2011: ouro no Pan-Americano de Seleções, ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara e o inédito quinto lugar no Mundial do Brasil.

A primeira atividade da Seleção Olímpica Feminina em 2012 serão dois amistosos - contra Noruega e Inglaterra - em Londres, em março. Em seguida, em abril, a equipe fará uma fase de treinamentos no Hypo, da Áustria, um dos melhores clubes europeus e que tem convênio com a CBHb. Em maio e junho, as meninas farão amistosos na Turquia e, em julho, mais jogos-treinos na Alemanha e na Holanda, contra os times da casa.